sábado, 16 de fevereiro de 2008

estive em performance - Daniel Pinheiro




















Acabou o primeiro esboço vivo de «manual de instruções» de Victor Hugo Pontes** com uma apresentação final do que se poderia chamar "eu sou outro e sempre o mesmo", pelo menos na minha opinião.

Depois do caos passou-se à tentativa de organização (espacial e de ordens de dependência) dos 15 solos, que se construíram a partir da proposta inicial do coreógrafo e orientador juntamente com as propostas-respostas que surgiram num curto espaço de tempo, mas sem dúvida intenso.
Um laboratório definitivamente. Experimentar responder às premissas colocadas. Tentar absorver a imagem que o criador/artista traz consigo e procurar fazê-la.

Fomos performers? Fomos actores... na verdadeira acepção da palavra, sendo que se tratavam de acções individuais de indivíduos que estavam condicionados pelos outros na medida em que não podiam interferir no acto do outro.
A dependência entre uns e outros, ou a falta de necessidade que aparentemente existe entre todos nós, eram premissas subjacentes, alegando a um possível conceito que pudesse desde já existir na cabeça dos vários "que não eram eles, mas outros..."
O acto performativo existiu no acto de fazer. A repetição, o loop, a acumulação, exponenciou um lado psicológico e intensificou a individualidade de cada solo.
... ou pelo menos acho que isto era parte do que era pretendido... numa fase em que não havia muitos certos ou errados. Acima de tudo foi uma óptima experiência.

Daniel Pinheiro
www.momentsmemoires.blogspot.com

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